sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ler, pensar e escrever

É sinal de inteligência e sabedoria falar pouco, falar bem e não falar mal de ninguém.

Contudo, calar-se é ainda mais importante, quando calar-se é dizer tudo.

Há quem se cale por não ter realmente nada para nos dizer, mas há também quem se cale por omissão, quando seria um dever falar, escrever, gritar, colocar a boca no trombone, como se dizia antigamente.

Calar-se na hora certa e pelos motivos certos é uma verdadeira arte cujas regras um pequeno livro do Abade Dinouart quer nos transmitir. Autor francês do século XVIII, suas admoestações para que façamos silêncio ainda hoje são pertinentes.

Sutileza não lhe falta. Ao mesmo tempo que recomenda o silêncio, lembra que há silêncios falsos, aqueles que simulam uma sabedoria que, de fato, inexiste. Nem sempre calar-se significa profundidade de pensamentos. Pelo contrário, é camada de verniz que recobre um vazio sepulcral.

Mas há ainda outros silêncios, e alguns deles diabólicos. Há o silêncio manipulador, o silêncio torturante, o silêncio chantagista, o silêncio rancoroso, o silêncio conivente, o silêncio da zombaria, o silêncio imbecil, o silêncio do desprezo. Há pessoas que matam com seu silêncio. Há silêncios que esmagam a justiça e a bondade, na calada da noite.

Por isso o silêncio rico de significado é ainda mais apreciável e luminoso.

Falo do silêncio que prenuncia novas palavras.

Falo do silêncio que é solidariedade na dor.

Falo do silêncio que soluciona cisões.

Falo do silêncio que pergunta.

Falo do silêncio que perdoa.

Falo do silêncio que ama.

O silêncio mais puro é aquele que guarda a confidência. Este silêncio jamais é excessivo. Não se deve apregoar aos quatro ventos o que foi murmurado na intimidade da amizade e do amor.

O silêncio mais sábio é aquele que fazemos diante dos impertinentes, intolerantes e desbocados. É o silêncio do Cristo inocente diante dos acusadores, o silêncio dos espaços infinitos diante da quase infinita capacidade nossa de falar ou escrever sem razão.

Calar da maneira certa é deixar que uma voz mais profunda seja ouvida. A voz severa, a voz serena, a voz suave e firme da verdade.

O verdadeiro silêncio diz a verdade que não se pode calar.

O verdadeiro silêncio nunca será cedo demais.

Quero ouvir o silêncio que tudo explica.

A arte de calar, Martins Fontes, 2001, 80 páginas

Artigo Publicado em Correio da Cidadania

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

você precisa saber oque significa:

SAC

Sistema de Atendimento ao Cliente – O SAC é um canal de comunicação aberto pela empresa através do qual, os consumidores podem expressar suas reclamações, dúvidas, pedidos, sugestões e elogios. Considerado um dos principais instrumentos de marketing de relacionamento, ele pode ajudar as empresas a alcançar as vantagens inerentes a essa estratégia de marketing. Diversos autores: Hansen et al., 1996; Hart et al, 1990 e Soderlund, 1998, procuraram destacar a importância do SAC como fonte de informações valiosas para que a empresa melhore a qualidade de seus produtos e serviços, fortalecendo sua posição competitiva. Para Jones e Sasser, 1995, a habilidade de escutar o consumidor está no cerne de qualquer estratégia para gerenciar satisfação. Para adequar suas ofertas as necessidades dos consumidores, a empresa precisa conhecê-lo o melhor possível. Para Mitchel, 1993, as reclamações funcionam como um controle de qualidade dos produtos fabricados. Isto é, elas podem ajudar a reduzir as taxas de defeitos e fornecer um alerta precoce de problemas potenciais. Além disso, as informações obtidas pelo SAC mostram a qualidade do ponto de vista do consumidor.




Data Warehouse (DW)

Esse consiste em organizar os dados corporativos da melhor maneira, para dar subsídio de informações aos gerentes e diretores das empresas para tomada de decisão. Tudo isso, num banco de dados paralelo aos sistemas operacionais da empresa. Um DW permite a geração de dados integrados e históricos auxiliando os diretores decidirem embasados em fatos e não em intuições ou especulações, o que reduz a probabilidade de erros aumentado a velocidade na hora da decisão. Cerca de 88% dos diretores admitem que dedicam quase 75% do tempo às tomadas de decisão apoiadas em análises subjetivas (Aspect International Consulting, 1997), menosprezando o fato de que por volta de 100% deles tem acesso a computadores. Segundo William Inmon, considerado o pai da tecnologia, Data Warehouse é um conjunto de dados orientado por assuntos, não volátil, variável com o tempo e integrado, criados para dar suporte à decisão.




Banco de dados

Genericamente, é qualquer coleção de informações organizadas de tal forma que seja possível localizar ítens escolhidos. Os bancos de dados tradicionais organizam-se em campos, registros e arquivos. No cadastro de clientes de uma loja, por exemplo, cada campo contém um tipo específico de informação - por exemplo, nome e endereço. Registro é cada conjunto completo de dados referentes a um cliente: nome, endereço, CEP, telefone etc... Usualmente, uma coleção de registros pode ser colocada no formato de tabela.




BI

Business Intelligence é um conjunto de conceitos e metodologias que, fazendo uso de acontecimentos (fatos) e sistemas baseados nos mesmos, apoia a tomada de decisões em negócios. A tecnologia de business intelligence (BI) permite às organizações controlar, entender e gerenciar informações vitais para a empresa. O BI vem assumindo um papel cada vez mais estratégico, uma vez que as organizações têm buscado alternativas que permitam explorar os valiosos dados armazenados em seus sistemas operacionais.




CRM

(Customer Relationship Management) – De um modo muito resumido, podemos definir CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes. Esta estratégia deve permitir identificar e selecionar as formas de relacionamento com os clientes que apresentam maiores benefícios ou maior potencial para a empresa, e permitam fornecer a esses mesmos clientes um nível de serviço que exceda as suas expectativas. Para o conseguir, utiliza as componentes tecnológicas, de planeamento estratégico e de marketing pessoal, sempre numa perspectiva de orientação total para o cliente. Uma boa aplicação de CRM pode influenciar o montante que os clientes gastam na empresa e o seu grau de fidelização. Algumas empresas através da implementação de programas de CRM conseguiram ganhos significativos em termos de proveitos, satisfação dos clientes, produtividade dos funcionários, bem como reduções de custos em termos de aquisição de clientes.




E-comerce

É a realização de transações de compras e transferências de fundos eletronicamente, especialmente através da Internet.




Outsourcing

«Fazer ou comprar?». Este é o dilema típico de um processo de outsourcing. Mas a definição do conceito implica, antes de mais nada, a sua tradução. Entre as mais vulgarizadas incluem-se: «mandar fazer fora», o «recurso a uma fonte externa», a externalização ou, muito simplesmente, a subcontratação. Considerando uma definição mais ampla, o outsourcing é um processo através do qual uma organização (contratante) contrata outra (subcontratado), na perspectiva de manter com ela um relacionamento mutuamente benéfico, de médio ou longo prazo, com vista ao desempenho de uma ou várias atividades, que a primeira não pode ou não lhe convém desempenhar e que a segunda é tida como especialista.




ERP

(Enterprise Resource Planning, ou Planejamento de Recursos da Empresa) é definido como uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa como fabricação, logística, finanças e recursos humanos. É um sistema amplo de soluções e informações. Um banco de dados único, operando em uma plataforma comum que interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente computacional.




Estratégia

Parte da arte militar que estuda as grandes operações da guerra e lhes prepara o plano. Trazendo para a área empresarial, a estratégia não ganha um significado muito diferente, pois trata-se do plano traçado para alcançar o objetivo fim.




Consolidação

É o ato ou efeito de consolidar ou tornar sólido. Quando se trata de informações contábeis e/ou gerenciais, a consolidação refere-se a união dos dados, por exemplo de várias filiais, ou ainda, de várias empresas do mesmo grupo empresarial.




Multiplataforma

Característica que aplicada a software, significa a vantagem de um sistema ser executado em qualquer sistema operacional com a mesma performance. Exemplo: o ERP Solution "roda" em Windows e/ou LINUX.




Estrutura

Disposição especial das partes de um todo (ser vivo, obra literária, etc. ) consideradas nas suas relações recíprocas, ou ainda, o conjunto de relações entre os elementos de um sistema. Pode ser avaliada como estrutura física, financeira, mercadológica, tecnológica, de pessoal, etc..




Rotatividade

Volta; rotação; tráfego comercial; movimento em redor de algum centro. Referindo-se a gestão de empresas, pode ser relacionado a mercadorias em estoque, empregados, finanças e outros.




Análise

Decomposição de um todo em partes; exame de cada parte de um todo; processo filosófico por meio do qual se sabe dos efeitos às causas, do particular ao geral, do simples ao composto. Com a análise de um simples relatório contábil ou estatístico, podemos gerar uma infinidade de informações.





Escrita fiscal

É o processo de apuração dos impostos (ICMS, IPI, ISSQN, PIS e COFINS). Procede a emissão dos livros obrigatórios, tais como: registro de entradas, registro de saídas, registro de apuração do ICMS e IPI, registro de inventário e registro do ISQN. O Sintegra (http://www.sintegra.gov.br/) é gerado baseado nas informações da escrita fiscal e do estoque (ver módulo).




EDI

(Electronic Data Interchange ou Intercâmbio Eletrônico de Dados) é um serviço automatizado que reduz custos e simplifica o fluxo de papéis e procedimentos nas rotinas comerciais e bancárias, estabelecendo a comunicação entre sistemas aplicativos, viabilizando a troca de dados, mensagens, dados ou documentos, em qualquer formato ou padrão pré-estabelecido entre as partes.




Centro de custo

Na contabilidade, os centros de custo são delimitações de áreas específicas onde serão agrupados os lançamentos contábeis, a fim de possibilitar uma visão separada por departamentos de todos os registros. Como exemplo, podemos citar o pagamento de energia elétrica em uma indústria, onde o departamento de produção seria responsável por 85% do consumo, enquanto o departamento administrativo seria responsável pelos 15% restantes.




EVA

(Economic Value Added) é uma metodologia que permite ao executivo identificar as áreas da empresa que criam ou destroem valor. As empresas têm procurado melhores formas de medição de performance com o objetivo de direcionar a compensação e a motivação de seus colaboradores para adicionar valor às suas ações. O EVA também tem grande aplicabilidade para avaliação de ações, permitindo a identificação e mensuração de tendências de melhorias ou deterioramento em empresas, antecipando-se a outros indicadores contábeis ou financeiros. Além disso, possibilita a estimação do valor teórico de uma ação, através do cálculo do valor presente de EVAs projetados para vários períodos e a identificação dos principais fatores ou características que o mercado está levando em consideração para precificar ações de uma empresa.




Integração

Integrar significa agrupar informações de pessoas, empresas, processos, e no nosso caso, dos módulos do sistema, de maneira que o cruzamento de informações seja possível, e que este resulte em informações secundárias necessárias a gestão empresarial.




Incubadora

Relacionada aos negócios, a incubadora é uma empresa que oferece sua estrutura física, tecnológica e administrativa a outra (incubada) que esteja iniciando suas atividades, e que ainda não possa alavancar seu negócio sozinha. O desenvolvimento da empresa incubada torna-se viável sem a necessidade imediata de investimentos, por exemplo, em estruturas físicas, como prédios, equipamentos e outros.




On-line

Ligado, conectado em tempo real.




Grupo empresarial

É um conjunto de empresas de ramos diferentes ou não, que tem em comum o controle acionário, não caracterizando filiais.




DRE

(Demonstração do Resultado do Exercício) O artigo 187 da Lei 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício. A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses. Abaixo, transcrição da referida Lei: SEÇÃO Demonstração do Resultado do Exercício Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de correção monetária (artigo 185, § 3º); IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; (Redação dada pela Lei nº 9.249, de 1995) V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. § 2º O aumento do valor de elementos do ativo em virtude de novas avaliações, registrados como reserva de reavaliação (artigo 182, § 3º), somente depois de realizado poderá ser computado como lucro para efeito de distribuição de dividendos ou participações.




Floor Plan

Este é o nome que se dá a uma das formas de financiamento dos estoques de veículos pelas montadoras paras as concessionárias. Embora esta seja uma informação de cunho financeiro, tal política influencia e tem reflexo direto na forma de comercialização da maioria das concessionárias. Algumas concessionárias usam um sistema de financiamento do estoque de uma instituição financeira ligada à montadora que trabalha com juros subsidiados pela montadora, mas tem um prazo limitado e vencimento após determinado número de dias (mais ou menos 45). Após esse período, tendo ou não vendido o veículo, o concessionário terá de pagar o carro ao banco da montadora pelo seu montante (principal mais juros). Este veículo se encontra no estoque da concessionária num sistema de alienação fiduciária. Caso ele seja vendido antes do prazo de vencimento do Floor Plan, o carro deverá ser pago ao banco da montadora no máximo em 48 horas. Os limites de crédito de Floor Plan são obtidos com base em garantias reais, geralmente imóveis ou cartas de fiança bancária. O faturamento de veículos para a concessionária ocorre em cima do crédito em aberto. Por exemplo, se ela paga um veículo, imediatamente é aberto um limite de crédito para ser faturado outro, independentemente de a empresa querer ou não. As concessionárias têm em seu estoque de novos dois tipos de veículos: os pagos, aqueles que ela pagou pelo vencimento do Floor Plan; e os não pagos, aqueles que se encontram ainda no Floor Plan. Esse sistema pressiona em muito as equipes de venda, à medida que se procura comercializar primeiramente os veículos que estão pagos, depois os que estão prestes a vencer e, por último, o que o cliente realmente deseja.




Curva ABC

A curva ABC é um importante instrumento para se examinar estoques, permitindo a identificação daqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Ela consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo em valor monetário, ou quantidade dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor, ou da quantidade, dá-se a denominação de itens da classe A, aos intermediários, itens da classe B, e aos menos importantes, itens da classe C. A experiência demonstra que poucos itens, de 10% a 20% do total, são da classe A, enquanto uma grande quantidade, em torno de 50%, é da classe C e 30% a 40%, são da classe B. A curva ABC é muito usada para a administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para estabelecimento de prioridades, para a programação da produção, etc.

sábado, 21 de novembro de 2009

Técnicas de Estudo e Memorização:

OS CINCO PASSOS

Abaixo os cinco passos estratégicos para a memorização de textos, que devem
ser cuidadosamente analisados e compreendidos. São eles:

1. Análise Preliminar
2. Leitura Global
3. Leitura Parcial
4. Recitação
5. Repetição (Reforço)

1. Análise Preliminar
Avaliação e questionamento através de uma leitura rápida do título, subtítulos e
sumário, existentes no texto que vai ser estudado. Este passo tem a finalidade de saber se o assunto já é conhecido e de fácil compreensão, se ele necessita de observações mais cuidadosas, do apoio de um dicionário ou de algum outro material relacionado. É só “passar os olhos” e dizer: “é besteira!”, ou então: “é aqui onde a porca torce o rabo!”.

2. Leitura Global
Aqui começa a caminhada!
A leitura de todo o texto (se ele não for muito grande), proporciona uma ampla visão do assunto, deixando o leitor consciente da continuidade de raciocínio existente entre os parágrafos.
Esta leitura não tem como objetivo a memorização das idéias do texto, mas o conhecimento genérico do assunto tratado. Um texto longo deve ser dividido em partes menores, sem, no entanto, prejudicar a continuidade da mensagem. Geralmente, os capítulos longos são divididos e separados por subtítulos, o que facilita a organização das idéias por partes. Portanto, se desejar, leia o capítulo todo, porém dedique a sua atenção às partes, conforme oriento no próximo passo.

3. Leitura Parcial
Este é o passo mais importante, pois é o momento em que você irá fazer o papel de um superdetetive, com a intenção determinada de encontrar as idéias principais (“Y”) do texto, a fim de organizá-las e associá-las com as localizações “X”. Imediatamente após ter feito uma leitura global do texto, leia parágrafo por parágrafo, procurando as idéias principais, sublinhando-as e numerando-as na margem externa da página ou escrevendo-as à parte.
Depois de separar as idéias principais, observe se existe alguma palavra difícil de ser visualizada que possa dificultar a criação de uma imagem mental. Procure conhecer o seu significado, consultando um dicionário ou outro meio didático apropriado. Com o significado em mente, verifique se é capaz de imaginar uma cena que corresponda à idéia. Se, mesmo conhecendo o significado da palavra, não for possível criar a imagem correspondente, então substitua a palavra por um símbolo que a represente e que seja de fácil associação. Por exemplo, se você estiver estudando Química e no texto aparecer a palavra “molibdeno” dificultando a visualização da idéia, então utilize a imagem de uma coisa “mole” para substitui-la, considerando, a partir desse momento, mole como símbolo de molibdeno. Neste caso, você deve ter, pelo menos, uma noção do assunto, assim deverá estar consciente de que mole é molibdeno e molibdeno será sempre
representado pela coisa mole. Bem, esta é a palavra que vem à minha cabeça neste momento, porém você poderia escolher mole como o demo, o que acho um exagero e uma grande falta de respeito e de confiança para com a sua memória. Não precisamos usar símbolos que sejam cópias materializadas das palavras abstratas, pois a memória verdadeira saberá reconhecer os símbolos que tenham sido conscientemente criados para representarem palavras e idéias abstratas, mesmo que neles existam apenas indícios materiais que a elas possam ser ligados. No exemplo acima, mole é o indício lógico de molibdeno. Confie na sua velha memória! Essa “visão parcelada” do assunto, também serve para que o leitor verifique se é possível organizar um quadro sinóptico com as idéias ppincipais destacadas. Essa organização resumida do texto facilitará, e muito, a retenção das informações. A sistemática apresentada neste passo pode parecer lenta, mas a experiência comprovou que é mais eficaz do que a mera leitura repetitiva do texto, com o intuito de “decorá-lo na marra”. (A palavra “decorar” é bastante sugestiva, pois só serve de enfeite). É mais importante aprender a “ver mentalmente” a cena inerente à idéia principal, pois, como já dizia um famoso filósofo do Coité do Nóia, o torrão natal de minha querida mãe, “uma imagem vale mais que mil e duzentas palavras difíceis”.

4. Recitação
Recitar é repetir o assunto estudado, para si mesmo ou para os outros, com as suas próprias palavras. Recitar, aqui, não significa dizer versinhos, como “Os olhos servem para ver, ...”. Portanto, ao estudar cada parágrafo e destacar a idéia principal, desenvolva, a partir da compreensão do que ela representa, à sua maneira e de forma resumida, o assunto estudado. Seja objetivo, claro, evitando palavras difíceis que prejudiquem a concisão do resumo. Lembre-se de que o autor, ao escrever, procura usar uma linguagem com detalhes, com explicações, com a intenção de ser entendido amplamente. No entanto, cabe a você remoer suas palavras ou não.
Pessoalmente, aconselho a economia de palavras, como meio de favorecer as imagens mentais. Uma boa recitação deve partir das imagens visualizadas.
O processo exato da recitação é o seguinte:
a) Veja na tela da mente a cena sugerida pela idéia principal.
b) Pense na idéia principal visualizada, enriquecendo-a com as suas idéias secundárias.
c) Recite (diga) com as suas palavras o que a sua visão mental sugere.
Não é necessário repetir, literalmente, as palavras do texto. Use o seu próprio discernimento e diga a mesma coisa escrita pelo autor, mas de maneira diferente e, se possível, de forma resumida.
Na recitação, o que importa é a obediência ao sentido da mensagem transmitida
pelo autor em cada parágrafo.

5. Repetição (Reforço)
O reforço do que foi memorizado deve ser feito através de algumas repetições devidamente organizadas, usando exclusivamente as imagens mentais associadas com as localizações (conforme veremos no próximo capítulo), recorrendo ao texto apenas se houver dúvidas quanto ao que foi relacionado ou se as imagens não foram devidamente visualizadas.
Não vá fazer como aquela criança que, ao ser perguntado pela professora se podia fazer um determinado exercício, ela respondeu: “Eu podo!”. Então, imediatamente recebeu um castigo da mestra que a obrigou escrever 100 vezes a frase “Eu posso!”. Terminada a aula, o coitado continuou gastando giz no quadro, escrevendo “Eu posso”. Ao concluir, voltou-se para a professora e disse:
“Eu já terminei, agora eu já ‘podo’ ir?”

Neste exemplo hipotético, o aprendizado não existiu, apesar do aluno ter repetido a frase correta 100 vezes. Por que ele não aprendeu a lição?
Também conta-se a história do cidadão que chegou num certo recinto cantando:
“Cajueiro, cajueiro, onde anda o meu amor?
Cajueiro, cajueiro, me responda, por favor!”
Os amigos, que já estavam cansados de ouvi-lo cantar a música com letra errada, prometeram que lhe daria uma boa quantia em dinheiro se ele aprendesse a música corretamente. Ávido para ganhar aquelas “notas”, ele aceitou imediatamente. Os amigos fizeram com que ele ouvisse 100 vezes a faixa do disco, com a música:
“Juazeiro, juazeiro, onde anda o meu amor?” ...
Depois, ele disse: “Pronto, já sei!”. Pegou o dinheiro e saiu cantando:
“Mamoeiro, mamoeiro, ...”
Estou evidenciando estas balelas apenas para deixar claro que a repetição não deve ser feita de maneira papagaiada, sem uma metodologia cientificamente comprovada.
Por esta razão, recomendo que você reforce o que estudou da seguinte forma:
a) Usando as imagens mentais, repita o assunto imediatamente após a memorização.
b) À noite, antes de dormir, e pela manhã do dia seguinte, ao acordar, faça novas repetições e reforce alguns pontos que possam estar fugindo das associações.
c) Estas repetições devem ser feitas mentalmente. No caso de dúvida, recorra ao texto e faça o reforço da imagem mental da associação.
d) Regule as repetições, a partir da manhã do dia seguinte, conforme as suas necessidades. Por exemplo: 1 dia depois. Mais cinco dias depois.
Deste ponto, uma semana depois. Três semanas depois. Um mês. Cinco meses. Um ano. Vinte anos. Cinqüenta anos. Cento e vinte anos. Etc.

domingo, 26 de julho de 2009

O MENESTREL - Shakespeare

O MENESTREL - Shakespeare


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la...
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam...
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens...
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém...
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.